O Brasil poderá estar a reescrever o conjunto de regras sobre reservas soberanas. Em 25 de novembro, o deputado Eros Biondini retirou um projeto de lei que poderia abalar o sistema financeiro brasileiro.
A legislação propõe a criação de uma Reserva Soberana Estratégica Bitcoin , habilmente apelidada de RESBit. Se aprovado, isto tornaria Bitcoin uma parte fundamental dos ativos soberanos do país, juntamente com a sua reserva de 355 mil milhões de dólares dominada por moedas fiduciárias como o dólar americano.
O projeto argumenta que uma reserva Bitcoin poderia proteger o Brasil das oscilações cambiais e do caos político global. Além disso, Bitcoin serviria como garantia para a próxima moeda digital do banco central do Brasil, a Real Digital – apelidada de Drex. É ousado, arriscado e é muito Bitcoin .
Um plano inspirado em El Salvador
O projeto aponta para El Salvador , o OG na experimentação Bitcoin Em 2021, El Salvador chocou o mundo ao dar Bitcoin . Avançando até hoje, eles detêm quase 6.000 BTC no valor de cerca de US$ 542 milhões. O Brasil parece ter tomado notas.
O projeto diz que a economia de El Salvador é a prova de que Bitcoin pode funcionar para reservas soberanas. O país centro-americano utilizou Bitcoin para diversificar sua economia e trac investimentos. O plano do Brasil? Movimentos semelhantes, mas numa escala muito maior.
O limite proposto para Bitcoin nas reservas do Brasil é de 5%, e o processo de compra será faseado. Não há compras selvagens de criptografia aqui.
O controle ainda permanecerá firmemente nas mãos do banco central do Brasil. Mas aqui está a diferença: o blockchain e a IA gerenciarão essas reservas por meio de sistemas públicos. Um comitê consultivo técnico, composto por especialistas em segurança, garantirá que toda a operação não saia dos trilhos. E por falar em trilhos, o projeto inclui penalidades severas para má gestão. Os infratores podem enfrentar de tudo, desde multas a acusações criminais.
Mas nada está definido. Neste momento, o presidente da Câmara tem o projeto. Depois de revisado, ele será encaminhado aos comitês para debate. Então, estamos no início do turno, mas o arremesso foi lançado.
Os números do comércio de criptografia no Brasil estão disparando
Enquanto os legisladores debatem as reservas Bitcoin , a criptoeconomia do Brasil já está em chamas. Dados do Banco Central do Brasil mostram que as importações de criptografia atingiram US$ 1,4 bilhão em setembro de 2024. Isso representa um salto de 40% em relação ao US$ 1 bilhão registrado no mesmo mês do ano passado.
Enquanto isso, as exportações de criptografia quase não mudaram, situando-se em US$ 44 milhões em setembro de 2024, em comparação com US$ 45 milhões em 2023. Resultado final? O comércio líquido de criptografia no Brasil está aumentando, com US$ 1,385 bilhão em remessas em setembro passado, acima dos US$ 987 milhões do ano anterior.
Não é apenas um pontinho mensal. De janeiro a setembro, o Brasil importou US$ 13,7 bilhões em ativos criptográficos. Isso representa um salto de 60% em comparação com os US$ 8,4 bilhões registrados durante o mesmo período em 2023. E as stablecoins? Eles estão roubando os holofotes, representando 70% de todas as transações criptográficas.
Enquanto isso, os legisladores estão trabalhando em de stablecoins previstas para serem implementadas em 2025. Fala-se até em tributar as transações de stablecoins realizadas por meio de bolsas.
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