Como fundos de hedge e grandes bancos negociaram IBIT e outros ETFs de Bitcoin no terceiro trimestre

Investidores institucionais estão reformulando seus portfólios à medida que os ETFs de Bitcoin continuam a ganhar força em Wall Street. Os últimos registros 13F revelam como os fundos de hedge e grandes bancos ajustaram suas posições em grandes ETFs de Bitcoin durante o terceiro trimestre, destacando estratégias em mudança e a crescente adoção de ativos respaldados por criptomoedas.

A cada trimestre, gestores de investimentos institucionais com pelo menos US$ 100 milhões em ativos de ações sob gestão apresentam relatórios 13F à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Os registros, que são exigidos dentro de 45 dias após o final de cada trimestre, fornecem uma visão das participações em ações do gestor, embora não revelem quaisquer posições vendidas.

Os 13Fs podem ser uma maneira de obter uma visão de como os maiores portfólios e alguns dos gestores de dinheiro mais influentes jogam no mercado. O último lote de registros mostra que o lançamento de ETFs de Bitcoin à vista em janeiro permitiu que as criptomoedas penetrassem ainda mais nas fundações de Wall Street. 

Aqui está uma breve visão de como alguns dos fundos de hedge e grandes bancos mais proeminentes mudaram suas participações no terceiro trimestre de 2024. Essas participações são de 30 de setembro.

O iShares Bitcoin Trust ETF da BlackRock (ticker: IBIT) lidera o caminho com quase 700 proprietários institucionais e acionistas detendo um total de 160,2 milhões de ações, de acordo com dados da Fintel. O ETF possui US$ 42 bilhões em ativos sob gestão.

A Millennium Management continua sendo a principal detentora do IBIT, adicionando 12,6 milhões de ações neste trimestre para alcançar um total de 23,5 milhões de ações avaliadas em US$ 848 milhões. O fundo de hedge, fundado pela lenda de Wall Street Israel Englander, também mantém uma posição significativa no Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC), detendo 11,6 milhões de ações no valor de US$ 644 milhões.

A Capula, um dos principais fundos de hedge da Europa, aumentou suas participações, comprando 1,1 milhão de ações adicionais tanto no IBIT (US$ 308 milhões) quanto no FBTC (US$ 288 milhões).

Enquanto isso, alguns players reduziram ou saíram de suas posições. A Point72 de Steve Cohen saiu de suas posições tanto no IBIT quanto no FBTC, enquanto a Jane Street quase eliminou suas participações no IBIT, vendendo 6,4 milhões de ações. No entanto, a Jane Street manteve participações significativas em outros ETFs de Bitcoin, incluindo o ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) com 4,4 milhões de ações (US$ 283 milhões), o ProShares Bitcoin ETF (BITO) com 6,9 milhões de ações (US$ 133 milhões) e o FBTC com 2,5 milhões de ações (US$ 142 milhões).

A Tudor Investment Corporation, liderada por Paul Tudor Jones, detinha mais de 4,4 milhões de ações do IBIT agora avaliadas em US$ 230 milhões.

O Goldman Sachs fortaleceu seu investimento em ETFs de Bitcoin, comprando 5,77 milhões de ações do IBIT para elevar suas participações totais para 12,7 milhões de ações no valor de US$ 710 milhões. Isso consolida o Goldman como o segundo maior detentor do IBIT.

O Morgan Stanley reduziu sua exposição, vendendo 449.802 ações do IBIT, o que reduziu o valor de seu portfólio de ETFs de Bitcoin para US$ 183,39 milhões, abaixo dos US$ 203 milhões no trimestre anterior.

Em contraste, o JPMorgan Chase fez reentradas insignificantes em ETFs de Bitcoin, comprando 387 ações do IBIT (US$ 13.982) e 213 ações do FBTC (US$ 11.877), elevando sua exposição total para quase US$ 65.000.

Os ativos totais de ETFs de Bitcoin sob gestão agora somam US$ 92 bilhões, de acordo com o painel de dados do The Block.

“Com a maioria dos investidores institucionais reexaminando sua postura anti-cripto, temos uma longa jornada de novas alocações estruturais para este mercado", escreveram analistas da Bernstein em uma nota esta semana. "Se você está comprado, esperamos que esteja do lado certo da história do Bitcoin.”

Vale notar que os ETFs de Bitcoin à vista também podem ver o início das negociações de opções já nesta semana, em meio a aprovações regulatórias nos últimos dias.